Transplantes: O escudo protetor de verdadeiros assassinos.

Alguns assassinos brasileiros fazem parte da lista de Serial Killers do pais. Vejamos quem sao:

Este é Francisco Rocha, que ficou popularmente conhecido como Chico Picadinho.

Seu primeiro crime foi cometido em 1966. Ele matou a bailarina austriaca Margareth Suida. Apos estrangula-la, desmembrou o corpo para poder se livrar dele. Foi condenado a 17 anos de prisao. Cumpriu 8. Casou-se e teve 2 filhos. Chico matou tambem uma prostituta nos mesmos moldes. Foi novamente condenado a 30 anos de prisao que tambem nao cumpriu integralmente. Apos deixar o presidio foi levado para o centro de tratamento psiquiatrico ja que era considerado um serial killer.

Numero total de homicidios: 2

Este é Joao Acacio Pereira da Costa, que ficou conhecido como Bandido da Luz Vermelha. Sua historia ficou bastante conhecida pelo pais.

Foi condenado a 30 anos de prisao e foi liberado em 1997. Em 1998 foi assassinado em uma briga de bar. Ele foi considerado um serial killer.

Numero total de homicidios: 4

Este é Edson Isidoro Guimaraes, conhecido como Enfermeiro da morte. No Rio de Janeiro, Edson foi condenado pela morte de 4 pessoas. Ele agia dentro do hospital Salgado Filho. Na epoca apurou-se que o numero de assassinados beirava 126. Edson confessou somente 4. Ele desligava aparelhos respiratorios artificiais ou aplicava cloreto de potassio, que causava a parada cardiaca das vitimas. Os assassinatos lhe rendiam alguns reais pagos pelas funerarias da cidade. Ele esta na galeria de serial killers brasileiro. Foi condenado a 76 anos de prisao mas ja esta nas ruas.

Numero total de homicidios: 4

Em Poços de Caldas, a mafia dos transplantes foi responsavel pelo menos pela morte de 8 pessoas, sem contar o assassinato de administrador do hospital. Mas eles nao sao considerados seriais killers, porque eram medicos transplantistas. Sequer foram detidos durante as investigaçoes, embora a policia tenha anunciado que faria o pedido de prisao. Continuaram trabalhando durante os 13 anos em que os processos corriam. Recentemente foram condenados pela morte e retirada ilegal dos orgaos de Joao Domingos de Carvalho. Ainda assim puderam recorrer em liberdade. A sentença pedia que os mesmos fossem afastados do SUS, mas o TJMG entendeu que eles poderiam continuar trabalhando normalmente. 

Ao contrario dos assassinos citados neste post, a imprensa ficou em silencio. Jornalistas que tentavam divulgar eram ameaçados. Pessoas que comentavam o caso nas redes sociais tambem. Tais ameaças serao relatadas no livro que estou escrevendo sobre o caso. Graças ao silencio da imprensa, autoridades comprometidas com o chefe desta quadrilha, passaram a negligenciar as acusaçoes e deixaram de denunciar diversos crimes. Isto é facilmente constatado ao ver que nunca foram denunciados por formaçao de quadrilha, como preve o codigo penal brasileiro.

Parte dos crimes denunciados possuiam acusaçoes distorcidas e longe da realidade dos fatos, fazendo com que os processos terminassem arquivados. O silencio tambem reinou em alguns processos de homicidios, que longe da imprensa foram arquivados, apesar da existencia de provas incontestaveis: Nos 8 casos nao havia prova que os pacientes tinham morte encefalica quando os orgaos foram retirados.

Durante o processo, os medicos foram ajudados por procuradores que inseriram documentos falsificados ou adulterados no processo. Diversas representaçoes contra estes procuradores foram sumariamente arquivadas. Hoje eles ocupam os mais altos postos do Ministerio Publico. O prontuario inicial de Paulinho, por exemplo, possuia 12 paginas no inicio das investigaçoes. No final do inquerito, o prontuario chegou a ter mais de 30 paginas.

Em 2004, foi criada uma CPI que indiciou a quadrilha (9 medicos) em seu relatorio final. Mas o Ministerio Publico nao tomou qualquer providencia contra este grupo. Durante a CPI, um representante do grupo participou de todas as audiencias, muitas vezes tumultuando a sessao a fim de prejudicar os andamentos dos trabalhos. Este representante era prefeito da cidade quando os crimes foram descobertos.

O grupo continuou utilizando seu poder politico para tentar abafar os casos restantes. Neste ano, advogados dos envolvidos entraram com uma medida para suspender o juiz, alegando que ele nao tinha parcialidade nas suas decisoes. Tal medida causou a suspençao dos processos que ja tramitam ha 13 anos nos tribunais brasileiros. A medida foi recusada e o caso principal - Paulo Veronesi Pavesi - volta a ser apreciado hoje.

O chefe e mentor desta quadrilha, durante todos estes anos, chegou a garantir aos seus colegas da politica, que os medicos ja haviam sido inocentados e que tudo nao havia passado de um boato. Agora ele tem dito que tem absoluta certeza que os mesmos serao inocentados em 2a instancia.

Os medicos que vitimaram pelo menos 8 pessoas, contam com o apoio do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, que ja os absolveu no passado e tem proclamado a inocencia dos mesmos em aulas das faculdades de medicina no estado. Eles tambem estao promovendo reunioes com a categoria para encontrar uma forma de pressionar o judiciario.

Eles tambem contam com o apoio da ABTO (Associaçao Brasileira de Transplantes de Orgaos), cujo presidente e um ex-presidente da instituiçao sao testemunhas de defesa de alguns dos acusados. A ABTO nunca se manifestou publicamente sobre os casos de Poços de Caldas, alegando que preferem nao interferir em processos que estao na esfera judicial. Na CPI, este presidente que é testemunha, disse que acreditava no Ministerio Publico que estaria fazendo o seu trabalho.

Os acusados tem distribuido com frequencia, planfetos pela cidade, onde afirmam ser inocentes. Sem ter acesso aos processos, e com a omissao da imprensa, grande parte da populaçao tem confiado nos medicos.

Em 2008 a familia foi obrigada a deixar o pais devido a ameças vindas muitas vezes do proprio Ministerio Publico. Nao tendo mais onde recorrer, a unica saida foi procurar apoio fora do pais.

Na cidade de Poços de Caldas, quem comenta sobre o assunto é intimidado.

A cupula e muitos dos envolvidos na mafia que retirava orgaos de pessoas sem comprovaçao da morte, ainda fazem parte da politica mineira e ganham eleiçoes com votaçoes expressivas. E o povo brasileiro sai as ruas para dizer que quer acabar com a falencia moral do pais.

Ao contrario dos casos dos seriais killers citados aqui, onde autoridades passavam parte do dia diante das cameras dando entrevistas, as autoridades nao se manifestam sobre os casos. A imprensa limita-se a noticiar brevemente os fatos. O Ministerio da Saude nao fala sobre o assunto, embora financiasse ilegalmente os assassinatos. A Secretaria de Direitos Humanos nao responde a e-mails enviados sobre o caso, limitando-se a fornecer um numero de telefone de contato padrao para que o caso seja denunciado. O Ministerio da Justiça ofereceu a inclusao ao sistema de proteçao a testemunha a familia Pavesi, que foi obviamente rejeitado. A justiça garantiu aos assassinos que pudessem continuar atuando pelo SUS. O SUS, que moralmente deveria expulsa-los, abriu as portas e forneceu total apoio para que continuam recebendo o dinheiro que voce paga atraves de impostos.

A diferença entre os considerados seriais killers e os medicos acusados em Poços de Caldas sao algumas. 

1. Os medicos mataram mais.

2. Os medicos sao considerados anjos por salvarem vidas de alguns, matando outros.

3. Os medicos estao ligados a um politico renomado, que tambem é medico, e que possui grande influencia no estado.

4. Os medicos sao transplantistas. E nao é permitido falar em trafico de orgaos pois assusta os doadores.

Tirar orgaos de pessoas sem comprovaçao de morte encefalica, inclusive de uma criança, nao é tao grave quanto os crimes cometidos pelos seriais killers citados nesta pagina?

Conclusao: Se voce deseja matar alguem, use um jaleco branco e um estetoscopio no pescoço. A impunidade é quase certa.