Materia publicada pelo www.novojornal.com sobre o trafico de orgaos de Poços de Caldas, nao consegue respostas de autoridades. CPI esta solicitando informaçoes sobre o caso.
O presidente da CPI do Tráfico de Pessoas Humanas, deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA) informou na terça feira (26) ao Novojornal que a Comissão Parlamentar de Inquérito que trata do assunto requereu ao Ministério Público de Minas Gerais informações referentes ao caso envolvendo a “Máfia dos Transplantes de Órgãos em Poços de Caldas”.O parlamentar paraense que desenvolve um duro combate ao tráfico de pessoas humanas recebeu e-mail com as matérias publicadas em primeira mão pelo Novojornal, inclusive cópia da sentença exarada pelo meritíssimo juiz de Direito da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, doutor Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, condenando os réus envolvidos na prática criminosa.O deputado Arnaldo Jordy solicitou os dados ao MP explicando que “apesar disto ser verdade, de todos nós sabermos que existe, ainda são poucos os dados” que começam a chegar à CPI por ele presidida, mesmo ela tratando de outro assunto embora dispondo de pontos comuns.Ao falar ao Novojornal o deputado acabava de chegar de Altamira, no Pará, seu estado natal, onde as autoridades acabaram de desbaratar uma rede de tráfico de mulheres próximo à hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, além de envolvimento com menores para prostituição e redes de pedofilia. Jordy informou que o tráfico de pessoas humanas, no mundo, movimenta 32 bilhões de dólares.O representante do Pará disse não dispor de valor referente ao tráfico de órgãos de pessoas humanas. Ele reiterou “ainda serem poucos os dados que chegaram à CPI”. Mais precisamente três casos em “Pernambuco, Mato Grosso e agora o de Poços de Caldas, em Minas Gerais”. Entretanto não descarta que o assunto venha a ganhar dimensão congressual na medida em que tal prática ilícita vem sendo comprovada.O parlamentar foi informado ainda que haverá um júri popular em Poços de Caldas – Sul de Minas Gerais – envolvendo a mesma questão, do qual os resultados serão enviados a ele tão logo ocorra contatosA partir da sentença exarada pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas a reportagem do Novojornal enviou e-mails buscando pronunciamentos e cópias da matéria pública, bem como da sentença judicial condenatória a várias autoridades sem obter respostas.A ação do promotor de Justiça Joaquim José Miranda Júnior deu origem ao processo 0518.10.018719-5 que resultou na condenação em regime fechado dos médicos Félix Herman Gamarra Alcântara, Alexandre Crispino Zincone, Gérsio Zincone, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, Celso Roberto Frasson Scafi e João Alberto Goes Brandão que tinham como base de atuação a Irmandade da Santa Casa de Poços de Caldas, suspensos de atender no momento em qualquer lugar e circunstâncias pacientes do Sistema Único de Saúde, SUS, pois a maioria das vítimas, segundo a autoridade judicial, foram pessoas de baixa renda e cujos familiares são pouco esclarecidos.
Na sentença, o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro cita de forma comprometedora o deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB/MG) que recusa-se a falar sobre a questão. O assunto veio à tona aparentemente por afoiteza, resultando no chamado “Caso Pavesi”. O pai do garoto Paulo Pavesi, transformado em “doador” de órgãos é um analista de sistemas que buscou os seus direitos e por causa disto hoje vive exilado na Itália.
Não responderam aos e-mails do Novojornal:
- Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Diniz Pinheiro;
- Dr. Lincol Lopes Ferreira, presidente da Associação Médica de Minas Gerais;
- Dr. Geraldo Ferreira Filho, presidente da Federação Nacional de Medicina;
- Dr. Cristiano Damata, presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais;
- Dr. João Batista Gomes Soares, presidente do CRM de Minas Gerais;
- Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
- Dr. Douglas Leonnatera da Confederação de Entidades Médicas Latino Americanas, de acordo com informações de assessores da Fenam.
Vale lembrar que o vice-presidente desta comissao parlamentar de inquerito - Luiz Couto - participou tambem da CPI do Trafico de Orgaos em 2004, defendendo os medicos que agora foram condenados. Luiz Couto foi parceiro de Geraldo Thadeu Pedreira dos Santos (prefeito da cidade quando Paulinho foi assassinado) e me atacou diversas vezes durante meus depoimentos. As notas taquigraficas com os ataques estao armazenadas, bem como todos os audios daquela CPI.
E ninguem quer falar no assunto.
Traficar pessoas nao pode, mas traficar os orgaos das pessoas, nao tem problema.
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