O desembargador Flavio Batista Leite recebeu em dinheiro vivo, em seu gabinete, R$ 500 mil para anular a sentença dos assassinos do meu filho. O valor foi pago em duas parcelas.
Desembargador Flavio Batista Leite - R$ 500 mil para defender os interesses da máfia do tráfico de órgãos |
A 1a parcela (R$ 200 mil) tinha como acordo soltar os assassinos da cadeia. A 2a parcela (R$ 300 mil) tinha como objetivo, anular a sentença do caso Pavesi. O valores foram pagos em dinheiro vivo, por um dos advogados dos médicos. O acordo envolvia decretar a suspeição do juiz Narciso de Castro, mas a idéia foi abandonada pois isso causaria um problema para a máfia.
A alternativa foi alterar a sentença do caso Pavesi.
O fato fica evidente quanto olhamos para o caso 1, em que os médicos foram condenados por Remoção Ilegal de Órgãos e tiveram a sentença confirmada em 2a instância. O acordo foi firmado logo após os médicos terem sido condenados em 1a instância no caso 0, quando já não era possível alterar a sentença do caso 1. Fica evidente a existência do acordo, quando um mesmo tribunal tem duas decisões diversas sobre o mesmo assunto.
Carlos Eduardo Venturelli Mosconi, Chefe da máfia do tráfico de órgãos de Minas Gerais. |
Após a sentença confirmada do caso 1, Flávio Batista Leite passou a ser um defensor árduo da máfia de transplantes de Poços de Caldas. Os médicos deveriam estar utilizando tornozeleiras, mas o TJMG não aplicou a medida, deixando os médicos sem controles. Fugas e desrespeito às medidas cautelares passaram a ser frequentes, sem qualquer atitude por parte do TJMG. Flavio Batista Leite chegou a acatar habeas corpus para o anestesista Sergio Poli Gaspar, quando o mesmo encontrava-se foragido. Poli apresentou-se à justiça quando foi informado que o habeas corpus lhe favorecia. Ficou apenas algumas horas preso até ser liberado.
O acordo também envolve garantir a morosidade na apuração da morte de Carlos Henrique Marcondes, bem como a inexistência de investigação da morte do PM assassinado um dia após a última prisão dos médicos. Também prevê que inquéritos sobre Carlos Eduardo Venturelli Mosconi não prosperem. Flávio Batista Leite foi também o responsável pelo adiamento em diversas vezes, do julgamento do Caso Pavesi em juri popular.
Há ainda 3 casos que continuam em fase de inquérito policial há 16 anos e assim devem permanecer.
A máfis foi responsavél pela morte de 8 doadores de órgãos e 3 testemunhas. O TJMG de Minas Gerais está trabalhando para anular todas as sentenças e livrar todos os envolvidos da punição.
Flávio Batista Leite já envolveu-se com a máfia dos bingos em 2007, quando ainda era juiz, expedindo liminares em favor da máfia, a pedido do governo Tucano, do qual Carlos Mosconi é um dos principais membros (PSDB).
Após inúmeros envios de e-mails ao TJMG, até o momento não recebi nenhuma resposta. Eles aproveitam o fato de a imprensa não falar no assunto, e a tendência é que não se manifestem.
Além de corruptos, são covardes.
Entenda o caso Pavesi
Os médicos Claudio Rogerio Carneiro Fernandes, Celso Roberto Frasson Scafi e Sergio Poli Gaspar foram condenados em 1a instância com base na Lei de transplantes 9.434/97 Art 14. Paragrafo 4, a saber:
Art. 14. Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo com as disposições desta Lei:
§ 4.º Se o crime é praticado em pessoa viva e resulta morte:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, e multa de 200 a 360 dias-multa.
Claudio, Sergio e Celso. Assassinos do Paulinho que estão sendo protegidos pelo TJMG, nas mãos do des. Flavio Batista Leite |
Os médicos NÃO foram condenados por homicídio. Até poderiam ser julgados também por homicídio, sem o prejuízo de serem julgados por retirada ilegal de órgãos. Entre em cena o desembargador Flavio Batista Leite. Ele ficou com o processo por 2 anos sem tomar qualquer atitude, estudando o que faria para livrar os medicos da condenação. A saída jurídica foi anular a sentença e enviá-los a julgamento por juri popular, como sendo um caso de homicidio doloso.
Outros medicos aguardam o julgamento em juri popular no caso Pavesi. São eles Alvaro Ianhez, Alexandre Pacheco, José Luis gomes da Silva e José Luiz Bonfitto. O caso seria julgado em Poços de Caldas e foi transferido para BH devido a suspeita de que a máfia estaria manipulando os jurados. Vale lembrar que até enfermeira estava no rol de jurados.
Com a nova medida, os médicos serão julgados em juri popular, em Poços de Caldas, como a máfia desejava. Isto se, o Ministério Público não arquivar o processo.
Tal medida adotada pelo Desembargador Flavio Batista Leite é uma afronta a constituição brasileira e invalida permanentemente o art 14 da lei de transplantes, pois nunca haverá crime de retirada de órgãos com resultado morte como prevê a lei e serão julgados como homicidio comum.
Claramente isto é um incentivo à máfia para que continue retirando órgãos de pacientes vivos, causando-lhes a morte.
Os detalhes desta negociação estão sendo registrados no meu segundo livro que terá o lançamento em 11 de Janeiro de 2017.
Amanhã estarei publicando um vídeo sobre o assunto.
Amanhã estarei publicando um vídeo sobre o assunto.
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