Caros, meu arquivo é imenso. Há poucos dias eu escrevi sobre a ABTO (Associação Brasileira de Tráfico de Órgãos) que através de uma "carta aberta" condenou a retirada forçada de órgãos na China. A ABTO tem um papel fundamental no Tráfico de Órgãos. Eles dominam o setor de transplantes, com o aval do Ministério da Saúde. Não importa qual o governo (PT PSDB PMDB), eles são os donos dos transplantes no Brasil.
Vou revelar hoje, um material inédito que comprova a existência de uma máfia organizada de tráfico de órgãos humanos, envolvendo a ABTO.
A história tem início, meio e fim, e está toda documentada.
Tudo começa quando o Apresentador Athayde Patrese dá uma entrevista à Lêonor Corrêa, irmã de Fausto Silva. Nesta entrevista, o apresentador afirma categoricamente ter comprado um rim por US$ 100 mil do médico José Osmar Medina Pestana (cujo nome verdadeiro é José Osmar de Abreu Pestana). Disse ainda que, por ser amigo do médiico, o valor baixou para US$ 50 mil. Um senhora de 54 anos na época, chamada Liliane, cujo filho estava na fila a espera de um rim, ficou indignada e denunciou o caso ao Ministério Público. O Ministério Público arquivou a denúncia sem oferecer nenhuma resposta.
Mais tarde, Athayde Patrese voltou à tv para dar outra entrevista, desta vez para a TV Bandeirantes, no programa Jogo da Vida, onde reafirma ter comprado um rim por US$ 50 mil, e desta vez citou o nome da Sra. Liliane por ter denunciado o crime. Disse ainda que Liliane era dona de uma empresa, citou o nome da empresa e ainda soltou algumas ofensas contra esta sra. Liliane na verdade era apenas uma funcionária desta empresa, mas o Ministério Público, além de arquivar o caso, passou todos os dados pessoais de Liliane, para Athayde Patrese.
Esta última entrevista aconteceu em 2004, quando eu estava trabalhando para instalar a CPI do Tráfico de órgãos. Imediatamente eu liguei para o Ministério Público. Ouça você mesmo!
Neste meio tempo, eu consegui localizar o telefone da Sra. Liliane. Entrei em contato com ela e conversamos sobre o episódio. Liliane doou o rim para o filho. O transplante não deu certo e o filho perdeu o rim. O rapaz estava fazendo hemodiálise naquela época. Como sempre, Liliane estava sendo ameaçada de perder o emprego. O Ministério Público forneceu os dados pessoais de Liliane para os denunciados.
O Ministério Público nunca retornou a ligação, e arquivou novamente a denúncia, apesar das provas existentes.
Ouça a minha conversa com a Sra. Liliane.
José Osmar "Medina" Pestana, foi convidado para participar da CPI do Tráfico de Órgãos, não como acusado, mas sim como um especialista em transplante. Ao ser confrontado com a reportagem de Athayde Patrese exibida em um telão, negou tudo. Ao fim de sua participação deu a seguinte entrevista.
Sim caros amigos. Ele disse que no Brasil não há tráfico de órgãos e que ninguém conseguiu demonstrar isso a ele. Seria o mesmo que Fernandinho Beiramar dizer que nunca ouviu falar em tráfico de drogas. Assista ao vídeo em que Athayde Patrese reafirma pela 3a vez que recebeu oferta. Durante a CPI, no entanto, Athayde acusou o médico Elias David Neto, também ex-presidente de ABTO. Se observar, verá que estou de pé quando Athayde passa pela câmera. Estou sempre por perto!
A sra Liliane Simão Cardoso foi convidada para depor na CPI e neste vídeo, destaco o trecho em que ela mostra indignação por saber que o caso foi arquivado mais uma vez pelo Ministério Público.
O tráfico de órgãos no Brasil existe, e só existe porque as instituições fazem parte do esquema. Athayde Patrese não foi indiciado como prevê a lei, pois alegou que a cirurgia não chegou a ser realizada. Os médicos não foram investigados e nunca serão. No Hospital do Rim em São Paulo, se você tiver dinheiro, pode comprar um rim.
Apesar de todos os meus esforços, todos os casos, depois de 16 anos, estão sendo anulados, paralisados, ou simplesmente arquivados com a ajuda de desembargadores corruptos.
Doar órgãos no Brasil é colocar a vida em risco. Preserve a sua vida. Não se declare doador de órgãos. Você pode morrer dentro de um hospital para salvar outra pessoa mediante dinheiro.
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